Há 50 anos um pescador-poeta abriu um bar que agora vai abaixo contra a vontade da família
Em 2015 resistiu, após mobilização da população. Agora, o Bar do Fôjo, fundado em 1974, em Fão, Esposende, está quase a ser demolido, após ordem da APA que chegou já depois dos trabalhos começarem.
Sem poder fazer nada, a não ser olhar, Sérgio Cardoso, baptizado com o nome do pai que ficou mais conhecido pelas suas alcunhas, conta as árvores que uma máquina escavadora já deitou abaixo para abrir caminho até chegar ao objectivo final. Essas árvores tinham sido plantadas pelo seu pai, algumas há mais de 40 anos. E cresceram para fazer sombra ao bar que ali nasceu há 50 anos por vontade e obra do esforço de um homem que, ao longo de 70 anos de vida, se desdobrou em múltiplas facetas. Esse homem era Sérgio do Fôjo, que também respondia por Pirata, Lambreta, Setembro, Mestre, Pescador ou Capitão. E o bar é o Fôjo, construído com as suas próprias mãos para abrir portas em 1974, na margem esquerda do Rio Cávado, em Fão, Esposende.
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