Justiça investiga cartões de crédito de Dores Meira, ex-autarca de Setúbal

Ex-autarca esteve 161 dias ausente da câmara para fazer 20 viagens em 27 meses. Despesas com cartões de crédito somam 103 mil euros em quatro anos. Muitas estão insuficientemente justificadas.

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Maria das Dores Meira é candidata independente à Câmara de Setúbal Daniel Rocha
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A utilização de cartões de crédito por autarcas e dirigentes de serviços públicos é há muito fonte de controvérsia e arremesso político. Passos Coelho acabou mesmo, em 2011, com a atribuição de cartões aos membros do Governo, proibição que ainda se mantém. Na mesma altura, o estatuto dos gestores públicos passou a proibir a sua utilização para pagamento de despesas de serviço, proibindo igualmente o reembolso aos gestores “de quaisquer despesas que caiam no âmbito do conceito de despesas de representação pessoal”. No caso das autarquias, a questão continua por resolver, sendo frequentes os processos judiciais em que autarcas são acusados, e por vezes condenados, por pagar com os cartões dos municípios despesas que deveriam ser cobertas pelas ajudas de custo e despesas de representação a que têm direito.

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