Alien: Romulus, e algumas considerações sobre nhanha
Há certamente melhores maneiras de tagarelar sobre gosma. Sartre dedicou o último capítulo de O Ser e o Nada ao assunto
Alien: Romulus, o sétimo filho do oitavo passageiro, começa por mostrar a sua fidelidade aos princípios e valores da saga a que pertence. O que faz é trazer ao palco todos os fluidos correctos, exibidos numa das sequências canónicas: vómito, muco, gosma de bicho, sangue humano, sangue de bicho (ácido), líquido amniótico, leitinho de andróide (esparguete opcional). Há outras sequências possíveis, mas esta funciona. Os elementos centrais da tabela periódica da nhanha estão todos presentes. Muito do que acontece no ecrã tem um aspecto pegajoso, o que são sempre boas notícias. Infelizmente as más notícias são mais do que as boas, e nenhuma é pior do que a recuperação tardia do pior fluido de todos os fluidos da série Alien: o petróleo mágico que já conspurcara as duas prequelas de Ridley Scott, Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017).
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