Donald Trump publicou nas redes sociais uma imagem falsa de Taylor Swift a pedir às pessoas que votem nele nas eleições de Novembro.
No domingo, o candidato republicano publicou na rede social Truth Social a cantora vestida de vermelho, branco e azul com uma legenda que dizia "Taylor Swift quer que votes em Donald Trump". Ao que acrescentou: "Eu aceito!"
Contudo, a cantora ainda não apoiou publicamente nenhum candidato à Casa Branca, mas, no passado, já apoiou os democratas, como aconteceu em 2020, altura em que deu o seu apoio a Joe Biden e a Kamala Harris.
Harris deverá ser formalmente nomeada como candidata democrata na convenção nacional do partido, em Chicago, que começou nesta segunda-feira.
Nesse mesmo ano, Swift criticou Trump num documentário sobre a morte de George Floyd. Um porta-voz da cantora que passou por Portugal em Maio passado não respondeu a um pedido de comentário.
Trump também publicou fotografias de mulheres jovens com T-shirts "Swifties for Trump", num claro aproveitamento das fãs da cantora, e um artigo com o título "Swifties Turning to Trump After ISIS Foiled Taylor Swift Concert" ("Swifties a virarem-se para Trump depois de o Estado Islâmico ter obrigado a cancelar o concerto de Taylor Swift", numa tradução livre), numa referência aos alegados ataques terroristas que estariam planeados para os concertos da artista em Viena, Áustria, este mês. As autoridades prenderam um homem de 19 anos que seria apoiante do Estado Islâmico.
O artigo de Trump tinha a indicação "sátira" por cima do título. “Swifties for Trump é um movimento massivo que cresce a cada dia que passa”, declarou o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, num comunicado quando lhe foi pedido um comentário sobre a imagem falsa de Swift publicada pelo candidato.
Vários fãs da cantora e grupos de vigilância afirmam que muitas das imagens publicadas por Trump pareciam ser deepfakes gerados por inteligência artificial (IA).
Os defensores da indústria musical, de Hollywood e de Washington, têm vindo a insistir na adopção de legislação federal e de outras medidas para combater a explosão de imagens falsas de IA na Internet.
A publicação de Trump foi "mais um exemplo do poder da IA para criar desinformação", lamenta o grupo de consumidores Public Citizen. " Os danos potenciais para a nossa sociedade que poderiam resultar de tal desinformação, incluindo abusos nas nossas eleições, são de grande alcance e imensamente prejudiciais", acrescenta o grupo.
Na Convenção Nacional Democrata em Chicago, Rebecca Goff, fã de Swift, distribuiu pulseiras da amizade, uma prática comum entre os fãs da cantora, num pequeno-almoço do Partido Democrata do Nevada.
Goff, 39 anos, disse que achava que Trump era a antítese do que ela acredita que Swift representa, incluindo a celebração da infância e da feminilidade. " Isso é como a antítese do que Trump e o Partido Republicano estão a tentar fazer, especialmente para as mulheres. Eles estão a tentar tornar-nos mais pequenas. Eles querem que voltemos a ser apenas donas de casa, mães de filhos", resume Goff.