O Azores Burning Summer faz dez anos e vai celebrar com música e ecodesign
A praia dos Moinhos, na ilha de São Miguel, volta a ser o palco do festival entre 30 e 31 de Agosto. É o primeiro dos Açores a ser distinguido (duas vezes) como o “mais sustentável”.
Música, cinema, ecodesign, land art e acções comunitárias são os ingredientes que compõem o alinhamento do Azores Burining Summer. O festival, que celebra dez anos, promete assinalar a data a 30 e 31 de Agosto, na praia dos Moinhos, na ilha de São Miguel.
Antes disso, há filmes (grátis) para ver na esplanada do Moinho Terrace entre 12 e 15 de Agosto. Vão ser exibidos documentários e longas-metragens que procuram “abrir portas à reflexão e promover mudanças de comportamento e sensibilizar o público para questões ambientais e sociais”, lê-se na nota de imprensa: A Flor de Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora; Samadhi Road, de Daniel e Julio Hey; Rabo de Peixei Director’s Cut, de Joaquim Pinto e Nuno Leonel; e I Love Kuduro, de Mário Patrocínio.
Já é mais do que habitual os Açores ecoarem os sons de Cabo Verde. Aliás, já que partilham o mesmo mar, porque não também dividir o palco dos Moinhos? É esta linha de pensamento que dita a programação do primeiro dia, que “tem a intenção de celebrar Cabo Verde, o arquipélago irmão”, explica Filipe Tavares, director do festival.
Moullinex foi o nome escolhido pela organização para conduzir o segundo dia do programa – e traz Xinobi para o palco, que também vai actuar individualmente na mesma noite. O Parque dos Moinhos recebe ainda Mayra Andrade, Principezito, Da Chick e Ferro Gaita. O cartaz traz uma mão cheia de djs sets que abrem e fecham as duas noites.
“Este festival existe porque esta praia tem um significado importante para várias pessoas e queremos celebrá-la sempre”, diz Filipe Tavares em conversa com o P3. “Burning Love” surge como uma forma de marcar o fecho desta edição. A instalação de fogo vai iluminar os céus da madrugada do último dia até ao nascer do sol.
Os bilhetes estão à venda na plataforma See Tickets. O passe geral custa 30 euros e o bilhete diário 20 até 29 de Agosto. Depois disso passam a ser vendidos à porta do recinto, mas serão mais caros.
É o primeiro festival dos Açores a ser distinguido (duas vezes) como o “mais sustentável” no Iberian Festival Awards. A par de uma programação “ecológica” surgem a Eco Market e a Expo Veículos Eléctricos. No recinto vai ser possível atravessar uma feira dedicada ao ecodesign e produtos naturais.
Só assim é que se constrói um festival feito de “diálogo, reflexão, de alteração de hábitos de consumo que desafia os fornecedores e o público a serem diferentes e mais ecológicos”, conclui Filipe Tavares.
A programação deste ano está “mais do que consolidada”. Exemplo disso são os programas comunitários – como o Vive – que decorreram no mês de Julho. Em Setembro decorre o programa Habitat, destinado a crianças e jovens, sobre a literacia dos oceanos. Em parceria com o Instituto Okeanos e o Observatório do Mar dos Açores, os participantes vão conhecer as espécies que habitam no Atlântico, as ameaças que existem e como combatê-las. Entre Novembro e Dezembro, deverá haver um ciclo de debates que serão transmitidos na Antena 1 e RTP Açores. Para já, não há convidados confirmados, mas já há temas escolhidos – o impacto do turismo e poluição luminosa.