Alemanha está a tentar travar condenação à morte de cidadão na Bielorrússia

Um homem de 30 anos foi condenado à pena capital por terrorismo e actividades mercenárias, alegadamente por ter combatido ao lado da Ucrânia contra a Rússia.

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A Bielorrússia governada por Lukashenko há três décadas é o único país europeu que continua a condenar pessoas à morte regularmente Sergei Savostyanov / VIA REUTERS
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Um cidadão alemão foi condenado à morte por fuzilamento na Bielorrússia, acusado de terrorismo por, alegadamente, ter combatido ao lado das forças ucranianas. O Governo alemão está em negociações para tentar travar a pena.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão confirmou que um cidadão alemão foi condenado à pena capital na Bielorrússia, embora não o tenha identificado. O grupo de defesa dos direitos humanos bielorrusso Viasna disse que Rico Krieger, de nacionalidade alemã, foi condenado à morte acusado de terrorismo e actividades mercenárias.

Krieger, de 30 anos, está detido desde Novembro do ano passado e foi condenado a 24 de Junho, segundo o Viasna, embora só agora se conheça a pena.

A organização não-governamental diz que as acusações contra Krieger estão relacionadas com as actividades do Regimento Kalinouski, um grupo de dissidentes bielorrussos no exílio que combatem ao lado das forças ucranianas contra a Rússia. Esta foi a primeira vez que houve uma condenação por actividade mercenária na Bielorrússia, de acordo com o Viasna.

Um perfil atribuído pelo Viasna a Krieger na plataforma do LinkedIn mostra que o homem trabalhou para a Cruz Vermelha alemã como profissional de saúde e foi agente de segurança na embaixada dos EUA em Berlim.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha afirmou que está a fornecer “à pessoa em questão apoio consular e a trabalhar intensivamente com as autoridades bielorrussas em seu nome”.

Este sábado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros bielorrusso confirmou, citado pela agência estatal Belta, as conversações com Berlim e revelou que propôs “soluções concretas perante as opções disponíveis” sem oferecer mais explicações.

A líder da oposição bielorrussa e ex-candidata presidencial, Svetlana Tikhanouskaia, disse estar “preocupada” com as notícias sobre o caso e informou que está a “recolher mais informações”.

A Bielorrússia, governada há três décadas por Alexander Lukashenko, é o único país europeu em que a pena de morte é ainda usada com alguma frequência, por exemplo para crimes como homicídio agravado, terrorismo ou traição.

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