Começou como uma excursão nas cavernas gigantes no oeste da Virgínia, nos Estados Unidos, e acabou numa missão de resgate: Dave Jackson e Jesse Rochette, da CaveSim, uma empresa que faz simulações de cavernas, estavam com um casal local e encontraram, a 7 de Julho, uma cadela a 12 metros abaixo do solo, quando desciam as paredes estreitas da caverna. Para espanto de todos, a cadela estava viva.
Rochette atraiu a cadela com um pedaço de salame, que “ela comeu imediatamente”, disse em declarações à AP News.
O animal estava a tremer. Por isso, o grupo agarrou em tudo o que tinha à mão para o cobrir – usaram mantas térmicas, almofadas de espuma e o carapuço de um casaco velho que estava perdido na caverna.
Antes de conseguirem resgatar a cadela foi preciso ganhar primeiro a confiança dela: ao fim de três horas na escuridão, Dave Jackson conseguiu amarrá-la ao peito para subir. Quando chegaram à superfície deram-lhe de beber. De acordo com a AP News, essa tarefa também teve de ser feita aos poucos. Primeiro, a cadela lambeu a água dos dedos de Rochette, depois de uma concha feita com as mãos e por fim bebeu da tigela.
O próximo passo foi procurar assistência médica. Dave e Rochette levaram o animal à escola veterinária da Virgina Tech. Depois de vários exames e radiografias não foi encontrado nenhum osso partido. “É um milagre”, lê-se na publicação do abrigo para animais Giles County Animal Shelter, no Facebook. No entanto, a cadela foi diagnosticada com Doença de Lyme, uma infecção transmitida por carraças. Foi também encontrada uma infecção na coluna e não consegue usar as patas dianteiras sem ajuda.
Contudo, o abrigo para animais onde agora está diz que a cadela recuperou rapidamente depois de “uma boa dose de analgésicos, antibióticos, repouso e boa nutrição”. “Ela toma os remédios como uma campeã e come como se não houvesse amanhã. As despesas médicas foram cobertas graças à nossa incrível comunidade”, escrevem no Facebook.
Neste momento, o canil está à procura do dono, mas garante que a cadela “estará pronta para um novo lar” se continuar a melhorar.