Japão cria robô que passa a fazer a manutenção das linhas ferroviárias
O novo “robô humanoide” da West Japan Railways tem 12 metros de altura e consegue carregar até 40 kg.
Ainda não tem nome, mas é descrito como “uma máquina ferroviária pesada multifuncional para a manutenção de equipamento ferroviário”. Trata-se de um protótipo da companhia ferroviária West Japan Railway que vem para combater a escassez de mão-de-obra cada vez mais envelhecida e reduzir acidentes de trabalho.
Já foi comparado ao Wall-E, o robô mais icónico da Disney: tem 12 metros de altura, uma cabeça desproporcionalmente pequena, garrafas de Coca-Cola no lugar dos olhos e braços grandes, que podem carregar até 40 kg. À primeira vista parece estranho – é de propósito. O conceito de uma máquina com uma aparência estranha veio de uma parceria com Jinki Ittai Co, uma empresa de robótica, e Nippon Signal Co, uma empresa dedicada à fabricação e venda de sinais ferroviários, estradas e parques inteligentes.
Para andar sobre as linhas, o robô teve de ser instalado num camião – é lá que fica o operador a manobrá-lo através de óculos de realidade virtual que estão ligados aos olhos do robô. “Além disso, o peso e o recuo recebidos pelo robô são transmitidos ao operador, permitindo uma operação intuitiva. Isto facilita a aprendizagem das capacidades de operação”, explica a West Japan Railway. Para já, a máquina derruba árvores ou outros obstáculos, pinta a infra-estrutura e substitui ou repara dispositivos de sinalização.
“A mecanização contribuirá muito para o objectivo de eliminar acidentes de trabalho causados por choque eléctricos ou quedas, e também levará a uma maior segurança”, sublinha a empresa.
A empresa acrescenta que a equipa de manutenção dos carris pode tornar-se cada vez mais diversificada, uma vez que o trabalho pesado passa a estar ao encargo de um robô: “Uma que vez que não há trabalho pesado em altura, pessoas de todos os géneros e idades estão aptas a trabalhar, o que levará à criação de um ambiente de trabalho diversificado para os recursos humanos”.
Texto editado por Pedro Sales Dias