Há mais 25 radares nas estradas a partir de sábado: veja onde ficam no mapa

Reforço pretende diminuir sinistralidade rodoviária, passando a existir 130 locais de controlo de velocidade. Em 2023, Estado arrecadou 96 milhões de euros de receita, um máximo dos últimos 14 anos.

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Radares entram em funcionamento este sábado ANT??NIO COTRIM / LUSA
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Motivos não faltam para circular nas estradas portuguesas dentro do limite de velocidade, mas, a partir deste sábado, 6 de Julho, encontrará mais 25 fortes razões dissuasoras. Este é justamente o número de novos radares que começam a funcionar um pouco por todo o país, instalados em locais onde o excesso de velocidade provou ser um factor que contribui directamente para a sinistralidade. Com a oficialização do alargamento de radares a partir deste sábado, há agora 123 locais de controlo de velocidade nas estradas nacionais, ficando completa a rede do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (Sincro), que começou a funcionar faz agora oito anos. Deste número, 100 captam a velocidade instantânea dos automobilistas e os restantes 23 estão equipados com radares de velocidade média.

A localização destes novos radares é pública e é partilhada inclusive com plataformas de navegação como o Waze. Entre outros locais, os condutores vão cruzar-se com estes aparelhos quando circularem na A43 (Porto), EN18 (Évora), IC17 (Loures), A29 (Vila Nova de Gaia, Santa Maria da Feira e Aveiro) e IP3 (Coimbra). A zona portuense de Campanhã é a mais reforçada, com um total de três novos radares – dois em troços da A43 e um na A20. O concelho de Vila Nova de Gaia também terá três novos radares. Pode ver a distribuição geográfica destes 25 aparelhos no mapa que acompanha esta notícia.

Ainda é cedo para dizer se este novo reforço de locais vigiados irá ter um impacto grande na receita, mas as verbas têm subido no passado recente. Em 2023, a receita do Estado com multas por infracções ao Código da Estrada disparou para máximos dos últimos 14 anos, num total de 96 milhões de euros.

Desta verba, o PÚBLICO tentou perceber qual a percentagem que diz apenas respeito aos radares de controlo de velocidade, mas a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) não prestou qualquer esclarecimento sobre a matéria. Foi ainda questionada sobre qual a previsão de receita para o ano de 2024, mas não foi possível obter uma resposta.

Entre Setembro e Dezembro de 2023 – os primeiros quatro meses após a introdução de 37 novos radares –, dados da ANSR citados pelo Jornal de Negócios apontavam para uma subida de 93% nas transgressões relacionadas com excesso de velocidade. Apenas nos últimos dez meses, contam-se agora mais 62 radares nas estradas portuguesas (incluindo os 25 que amanhã entram em funcionamento), distribuídos por zonas onde se registaram 115 mortes nos últimos cinco anos, uma média de 23 vítimas mortais por ano.

Outro dos indicadores recolhidos pela ANSR mostra que, desde Setembro de 2023, os troços equipados na primeira fase de duplicação da rede Sincro tiveram uma redução de 90% no número de condutores em excesso de velocidade. Se olharmos para os oito anos em que esta rede está em funcionamento, constatamos que se registou uma redução de 74% nos números de vítimas mortais, de 44% nos de feridos graves e de 36% nos de feridos ligeiros nas estradas controladas por estes equipamentos.

Contudo, a colocação de radares não é receita infalível para a sinistralidade, uma vez que se registaram três vítimas mortais nos troços que acolheram os 37 radares instalados em Setembro de 2023.

Por último, os dados recolhidos pela ANSR espelham ainda um grande aumento no número de veículos fiscalizados: nos primeiros cinco meses de 2024, já foram controlados mais de 92 milhões de viaturas, um aumento de 80% face a igual período do ano passado.

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