Uma arbitragem que quase não se deu por ela
Costuma dizer-se que uma boa arbitragem é aquela que passa desapercebida. Nem sempre será assim, mas a exibição do árbitro alemão Felix Zwayer e da restante equipa de arbitragem no Turquia-Portugal de ontem enquadra-se bem nesta formulação.
Num jogo sem casos e praticamente sem lances controversos, o árbitro esteve bem e decidiu de forma correcta as jogadas mais complexas.
Foi assim nos dois últimos golos da selecção portuguesa, pois no caso do autogolo turco não houve dúvidas sobre o facto de a bola ter ultrapassado totalmente a linha de baliza, e na jogada que rendeu o terceiro golo português, a decisão de não assinalar fora de jogo a Cristiano Ronaldo também foi a correcta e, posteriormente, confirmada pela tecnologia do VAR.
Minuto 6 João Cancelo, nas costas de Akturkoglu, não fez penálti. Mesmo com o braço esquerdo nas costas do futebolista turco, o toque é ligeiro sem intensidade ou consequência.
Minuto 23 Bardakci entra em tackle deslizante e, não obstante ter tocado na bola, acto contínuo com a sola e de pitons acertou em cheio no peito do pé de Cancelo. Uma entrada negligente passível de cartão amarelo.
Minuto 29 No autogolo duas notas: João Cancelo, no início da jogada, recupera a bola sem falta; já na questão de a bola ter passado completamente a linha de baliza, se houvesse dúvidas (neste caso é claro), existe a TLG, ou seja, a tecnologia da linha de golo que dissipa qualquer dúvida.
Minuto 39 Cartão amarelo bem mostrado a Rafael Leão por, à entrada da área turca, tentar ganhar uma falta. Uma simulação clara bem punida.
Minuto 42 Cartão amarelo a Akaydin por uma entrada em tackle deslizante a varrer e negligente e para Celik que protestou junto do árbitro.
Minuto 45 Palhinha vê bem o cartão amarelo por uma falta táctica ao tocar nas pernas de Akgun, por trás, impedindo, desta forma, uma saída em contra-ataque por parte da Turquia.
Minuto 55 Golo legal de Portugal, sem fora de jogo. Primeiro, Cristiano Ronaldo é colocado em jogo por Celik; depois Bruno Fernandes, que marca o golo, está atrás da linha da bola.
Minuto 67 Rúben Dias pôs-se a jeito ao, com a sua mão direita, dar um ligeiro toque por trás no ombro esquerdo de Baris. Por ter sido com pouca intensidade e sem consequência aceita-se a decisão de não marcação de penálti.
Minuto 92 Sem penálti cometido sobre Bernardo Silva. O contacto foi lateral, com ombro, braço e corpo de Çalhanoglu, que foi mais forte na abordagem ao lance.