A profanação de Yad Vashem
A realidade é esta: o terror está nos actos, sejam eles de membros de uma milícia radicalizada ou de militares de um exército “democrático”.
Quando Israel sofreu o ataque do Hamas, em Outubro, a condenação mundial foi quase unânime, mas o secretário-geral das Nações Unidas sabiamente lembrou que o ataque não tinha surgido “do nada”. O embaixador de Israel nas Nações Unidas e o seu Governo reagiram tão histericamente como agora reagiram à possibilidade de o Tribunal Penal Internacional emitir mandados de detenção tanto contra dirigentes do Hamas como contra o primeiro-ministro de Israel e o seu ministro da Defesa. Aliados ocidentais de Israel, nomeadamente os EUA, têm manifestado apoio praticamente incondicional ao Governo israelita, mas a França declarou o seu apoio à luta do Tribunal Penal Internacional “contra a impunidade em todas as situações”. E o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, tem sido um vigoroso e activo porta-voz dos valores da cultura europeia arrasados em Gaza.
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