Mais uma votação num grande país que terá uma forte componente interna. Isso mesmo foi visto até no grande debate da campanha, em que o candidato do partido de direita radical populista União Nacional (UN), Jordan Bardella, não foi confrontado pela cabeça de lista do partido do Presidente Emmanuel Macron (Renascimento) às europeias, Valérie Hayer, mas sim pelo primeiro-ministro, Gabriel Attal.
Esta eleição é importante para ambos já que, como escrevia o site Politico, a presidente da UN Marine Le Pen “quer usá-la para partir à frente para as presidenciais de 2027”, a quarta vez que tentará ser Presidente, e Emmanuel Macron “quer governar até lá”.
Além do desafio da direita radical populista, o Presidente lida com outro desafio, dos socialistas, cujo candidato Raphaël Glucksmann aparece nas sondagens com valores próximos do Renascimento.
Um resultado mau nas europeias será, aponta um texto da London School of Economics (LSE) sobre as europeias em França, “especialmente doloroso” para Macron, “que tem tentado apresentar-se como um líder verdadeiramente europeu”. E, resume a LSE, a incerteza estende-se à dimensão do bom resultado da União Nacional e do mau resultado do Renascimento.