Brat, de Charli XCX: em defesa das pirralhas
Esta não é uma Charli simplificada, espalmada para mais bem deslizar nas playlists.
O álbum do ano é de Charli XCX, mas este veredicto não é do Ípsilon: foi feito pela artista, como um selo de qualidade que emite disco após disco. Há dias, nas vésperas de editar Brat, ela disse-o ao microfone, perante uma multidão estrepitosa, no Primavera Sound de Barcelona (Charli é aliás uma das ausências mais gritantes no cartaz do festival que por estes dias está a acontecer no Porto). Em Barcelona, tão elevados eram os decibéis que, até para ouvir os vídeos amadores, convém ter uma licença especial de ruído. Megalomania e adulação são duas faces da mesma moeda pop, aquela que XCX faz girar neste novo disco: Brat é um metal tão brilhante quanto corroído.
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