“Estamos aqui esquecidos”: TGV Porto-Lisboa avança em 2026 e há quem tema ficar sem casa
Primeiro troço da alta velocidade entre Porto e Lisboa arranca em Campanhã em 2026. No Porto e em Gaia 43 casas podem ser demolidas. Moradores vivem angustiados e com o futuro suspenso.
Podia ser um dos dias mais felizes da vida deles. Mas, por infeliz coincidência, a carta com a autorização de residência em Portugal chegou na mesma data em que Frederick Delano descobriu, numa sessão pública sobre a linha de alta velocidade Porto-Lisboa, que a casa onde vive com a mulher e o filho de três anos, reabilitada a partir de ruínas, seria demolida para deixar passar o comboio. Uma semana antes, começara a circular entre vizinhos o boato de que vários edifícios seriam arrasados naquela zona de Campanhã, no Porto. Mas só com um power point da Infra-Estruturas de Portugal (IP) em frente, e a sua “casa pintada a vermelho”, lhe caiu a ficha. E o sonho. “Este era o projecto da nossa vida.”
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