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Uma casa “despretensiosa” em Sintra que abraça a natureza
É uma construção de aspecto contemporâneo, sólida e branca, que abraça o pinhal que a envolve. É um trabalho de proximidade com a natureza, descreve o arquitecto Marco Ligeiro.
Tem um aspecto marcadamente contemporâneo, mas que se deixa envolver pelo meio natural em que se insere. Parece o desenho de uma criança — e é de propósito. Os traços são simples e leves, conta o arquitecto responsável, Marco Ligeiro, ao P3.
A Casa MH, nome atribuído ao projecto da Esquissos – Arquitectura e Consultoria, fica em Sintra e vem substituir um antigo edifício presente no local, uma “casa dos anos 1970, muito descaracterizada”, descreve o arquitecto. O objectivo não era remodelá-la – era construir algo completamente diferente e sustentável.
Marco Ligeiro tentou idealizar algo “despretensioso” mas com aspectos simples e que fizessem a diferença: “Queríamos que pudesse ser contemporânea, com algumas linhas que se assemelham à arquitectura mais tradicional. No entanto, incluímos vários apontamentos e tivemos cuidado no desenho, para conferir ao edifício a modernidade que entendemos como essencial para os nossos projectos”, explicou.
Além disso, explica, apostaram no uso de “madeiras certificadas” e evitaram os “materiais mais intrusivos”, como o betão. “Vários clientes de Sintra têm receio relativamente à humidade. Nesta casa, não existe qualquer tipo de humidade porque o sistema construtivo é um sistema seco e com o mínimo de elementos com água, como os cimentos e o betão”, explica ao P3.
Surge assim uma massa branca, simples, com alguns detalhes de madeira e decorada com um jardim minimalista, que vai mudando ao longo do ano. Marco Ligeiro conta que as várias janelas que decoram a casa servem como forma de contemplação do jardim, para além de fornecerem bastante luz natural. “É uma casa que convida a sair e a viver com o exterior, numa proximidade inevitável com a natureza”, descreve.
A casa começou a ser construída em 2020, mas a obra só ficou concluída no ano passado. Já está a ser habitada e os clientes estão “muito satisfeitos”, refere o arquitecto.
Texto editado por Inês Chaíça