Gidon Kremer: “Os compositores do passado, num dado momento, foram sempre contemporâneos”
O violionista está de regresso a Portugal para tocar Arvo Pärt e Astor Piazzolla, além de dois compositores bálticos menos conhecidos. Como sempre, acompanhado pela sua orquestra Kremerata Baltica.
Nascido em 1947, na Letónia, Gidon Kremer, filho e neto de violinistas de origem judia, recorda desde novo sentir-se “obrigado a fazer alguma coisa”, sentimento que associa à história trágica da sua família e com que justifica a sua frenética vida musical. O pai sobreviveu ao Holocausto escondido numa cave durante dois anos, mas perdeu a mulher, a filha e mais de 30 familiares no gueto de Riga, vítimas do nazismo. Kremer nasceria depois, filho único do posterior casamento do pai com uma alemã. Foi dele que recebeu as primeiras lições de violino.
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