Começa a ser impossível pegar num jornal ou ver um noticiário sem sermos confrontados com notícias que nos alertam para que o estado de equilíbrio em que aparentemente tínhamos vivido está a mudar. Os fenómenos climáticos extremos tornaram-se mais extremos e frequentes, a poluição está a aumentar, a temperatura da superfície da Terra está a subir, ou até que assistimos a uma extinção de muitas das espécies de seres vivos. A tomada de consciência de que muitas dessas transformações resultavam, directa ou indirectamente, da acção da nossa espécie (o Homo sapiens) levou à popularização, no início deste milénio, do conceito de Antropocénico (isto é, o tempo do Homem), que tem alimentado inúmeros livros, artigos e documentários. No entanto, a 4 de Março, a Subcomissão de Estratigrafia do Quaternário da Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS) rejeitou a proposta de criação do Antropocénico como uma nova época geológica, na qual os seres humanos se tinham tornado um dos principais agentes modeladores da superfície do nosso planeta.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.