O Animal de Vítor Silva Costa: “A Tsuki apareceu numa altura não muito positiva da minha vida”
Conhecê-los é conhecer a relação que têm com os animais. Vítor Silva Costa adoptou Tsuki, uma cadela “incrivelmente ágil”, protectora e carinhosa que não larga o actor.
“Quando era mais novo e ainda vivia com os meus pais, no Porto, convivi muito com cães e gatos. Tenho memória de gostar muito dos cães e menos dos gatos. Mas, mais tarde, quando me mudei para Lisboa e comecei a viver sozinho, adoptei uma gata na Casa dos Animais de Lisboa. Hoje tenho a Tsuki, a minha primeira cadela.
A Tsuki apareceu numa altura não muito positiva da minha vida. Adoptei-a a uma família. Apesar de ser uma frase feita, no dia em que ela chegou a casa tive a certeza de que a minha vida iria melhorar.
É uma cadela impulsiva, incrivelmente ágil, física e mentalmente, e muito protectora e carinhosa. Relaciona-se pouco com outros cães e quando cria relação com uma pessoa não a larga mais. Também é um animal que precisa de muitos estímulos, aliás, como todos. Passeia todos os dias, corre, faz desafios. A bola é o objecto preferido dela. Procuro sempre levá-la para jardins amplos onde ela possa estar à solta e a fazer o que mais gosta.
Sobre o papel nos direitos dos animais, relembro que, em Janeiro, deste ano, o Tribunal Constitucional finalmente decidiu que maltratar animais continuará a ser crime depois de várias tentativas de retrocesso nessa decisão. A minha posição em relação a este tema é muito clara: maltratar, abandonar ou manipular um animal é crime e deve continuar a ser. Há várias formas de maus-tratos e todas elas são abjectas.
Um animal tem de ser tratado com respeito e amor, faça ou não parte da família. Aplico a mesma fórmula aos animais e às pessoas: respeito, consideração, escuta e compaixão.
Quero estar sempre do lado certo e apoiar instituições, canis, associações que trabalham para que todos os animais tenham uma vida digna e saudável. Adoptar com responsabilidade é fundamental, até porque a compra de animais está muitas vezes associada a um mercado que é perverso e que não os protege.
Se pensarem em adoptar, que seja uma decisão consciente. Todos nós, de uma maneira ou de outra, achamos graça a um cão que faz truques, ou a um gato que dorme o dia todo no colo, ou a um papagaio que imita tudo o que dizemos. Há uma diferença enorme entre este encantamento e cuidar de um animal que exige tempo, cuidado, inteligência, disponibilidade emocional e, acima de tudo, a noção de que será um amor indestrutível que durará para sempre.”
Depoimento construído a partir de entrevista por email