Portugal e o Futuro: um livro atrasado a reivindicar o futuro agitou Portugal
Um general de botas no terreno corre atrás do prejuízo da história. Propõe o que já não é exequível, por tardio. Mas o que escreveu ajudou à mobilização dos oficiais mais tímidos.
Em Fevereiro de 1974, há precisamente 50 anos, a denúncia do imobilismo da ditadura é dada à estampa. Em 244 páginas, Portugal e o Futuro, do general António de Spínola, destrói a política ultramarina do Estado Novo e encosta à parede Marcello Caetano. O livro não é censurado, esgota cada uma das cinco edições, mas o que propõe é inexequível por tardio. Spínola, militar de botas no terreno, corre atrás do prejuízo da história.
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