Jada Pinkett Smith diz que se separou de Will Smith há anos
O casal não se divorciou e tem afirmado, ao longo dos anos, que não tenciona fazê-lo.
Jada Pinkett Smith revelou, em entrevista, que está separada do marido Will Smith desde 2016, surpreendendo muitos dos que seguiam o longo relacionamento do casal — de um encontro numa sitcom dos anos 90 até o ano passado, quando Will deu uma bofetada a Chris Rock, durante a cerimónia dos Óscares, porque este último fez uma piada sobre a mulher.
Num excerto da entrevista que ainda não foi para o ar na NBC News, Jada diz que, durante sete anos, ela e Will viveram “vidas completamente separadas”, mas não estavam prontos para revelar publicamente a notícia, até agora. Jada, uma actriz e produtora conhecida por papéis no franchise The Matrix e Madagáscar e pela sua relação próxima com o falecido rapper Tupac Shakur, tem estado numa digressão pelos media antes do lançamento do seu livro de memórias Worthy.
“Estávamos ambos ainda presos na nossa fantasia do que pensávamos que a outra pessoa deveria ser”, explicou a artista à entrevistadora Hoda Kotb, quando questionada sobre como é que o seu casamento terminou.
O casal não se divorciou e tem afirmado, ao longo dos anos, que não tenciona fazê-lo. Will e Jada conheceram-se em 1994, quando ela fez uma audição para fazer de namorada dele na série O Príncipe de Bel-Air. O casamento anterior de Will com Sheree Zampino terminou em divórcio em 1995, e o actor casou-se com Jada na véspera de Ano Novo de 1997. O casal tem dois filhos: Jaden Smith e Willow Smith. Do anterior casamento, Will tem um filho, Trey Smith.
Apesar das frequentes aparições amigáveis do casal, a separação não é uma surpresa total. Num episódio de 2020 do programa de Jada no Facebook Red Table Talk, o casal falou francamente de um período de cerca de quatro anos antes, quando Jada se envolveu no que ela classificou como um “emaranhamento” com o cantor August Alsina — primeiro emocionalmente, depois romanticamente.
Mais tarde, Will esclareceu, numa entrevista à GQ, que ambos tiveram outras relações sexuais durante esse período. “Demos um ao outro confiança e liberdade. E o casamento, para nós, não pode ser uma prisão. Eu não recomendo este caminho a ninguém. Mas viver esta liberdade que acordámos e o apoio incondicional que damos um ao outro é, para mim, a mais elevada definição de amor”, disse o actor à revista.
De volta ao programa de Jada, o actor dirigiu-se à mulher e disse: “Decidimos que nos íamos separar por um período de tempo e que tu ias descobrir como ser feliz e eu ia descobrir como ser feliz”, disse Will.
“Nunca pensámos que conseguiríamos voltar”, acrescentou Jada. Mas o casal acrescentou que se tinha reconciliado há muito tempo e “chegou a esse lugar de amor incondicional”, definiu a artista. No final, o actor exclamou: “Vinte e cinco anos e continua!” E, em uníssono, Jada e Will disseram: “Casamento mau para toda a vida!”
O casal foi notícia no ano passado, quando Will interrompeu o monólogo do comediante Chris Rock nos Óscares e lhe deu uma bofetada por ter dito uma piada sobre a alopecia de Jada. “Não voltes a falar da minha mulher!”, disse Will perante uma plateia atónita.
Numa entrevista à People esta semana, Jada disse que pensava que a bofetada era uma brincadeira até o marido voltar a sentar-se ao seu lado. Quatro meses depois do incidente, o actor publicou um vídeo a pedir desculpa, assumindo que o seu comportamento rinha sido “inaceitável”, e revelando que enviara uma mensagem a Chris Rock, mas que este respondera que ainda não estava “pronto para falar”.
Após o estalo, o actor caiu em desgraça e, em Novembro passado, quando assumiu a difícil tarefa de promover o seu filme Emancipation, numa aparição no programa Daily Show With Trevor Noah, confessou: “Simplesmente, perdi a cabeça.”
Will Smith cresceu num lar marcado pela violência doméstica, algo que tornou público e que consta da sua autobiografia. Agora é a vez de Jada Pinkett Smith promover as suas memórias e, à People, sobre o marido, salvaguardou que Will terá espaço para “descobrir por si mesmo”, mas conclui: “Eu vou estar ao lado dele.”
Exclusivo PÚBLICO/The Washington Post
Tradução e adaptação: Bárbara Wong