É fácil perceber a diferença. Uma girafa bebé nascida em cativeiro num jardim zoológico privado do Tennessee está a atrair as atenções do mundo devido à cor castanha sólida, sem as manchas de camuflagem características da espécie.
A girafa de 1,80 metros de altura nasceu a 31 de Julho no Brights Zoo, em Limestone, que disse ter a única girafa-reticulada viva de uma só cor no planeta. O zoo espera que a criatura sem manchas ajude a chamar a atenção para a conservação das girafas selvagens, cujo número tem vindo a diminuir nos últimos anos.
A girafa-reticulada é uma das quatro espécies de girafa, de acordo com o Giraffe Conservation Foundation (GCF), um grupo que trabalha para salvar girafas na natureza. Em 2018, a União Internacional para a Conservação da Natureza adicionou-a a uma lista de espécies ameaçadas.
Stephanie Fennessy, directora executiva da GCF, disse que o grupo "nunca viu uma girafa semelhante em estado selvagem em África".
"As populações selvagens estão silenciosamente a entrar em extinção, com 40% da população selvagem de girafas perdida nas últimas três décadas", disse Tony Bright, fundador do Brights Zoo, num comunicado, acrescentando que o jardim zoológico estava a trabalhar para ajudar a população de girafas através de um programa de reprodução.
Os animais de pescoço comprido têm manchas que funcionam principalmente como camuflagem, dizem os especialistas. Cada mancha contém um sistema de vasos sanguíneos por baixo que as ajuda a libertar e a regular o calor do corpo.
O jardim zoológico seleccionou quatro nomes para o recém-nascido e irá submetê-los a uma votação no Facebook. As quatro opções são: Kipekee (única), Firyali (extraordinária), Shakiri (é a mais bonita) e Jamella (de grande beleza).
O jardim zoológico é um estabelecimento familiar situado no leste do Tennessee e alberga algumas espécies animais raras e ameaçadas de extinção, incluindo o adax (antílope branco) e os camelos de duas bossas. Cangurus vermelhos, macacos-aranha e pandas são outras criaturas exóticas alojadas no zoo.
Exclusivo PÚBLICO/The Washington Post