Quando tinha ainda 17 anos, saí de casa - da mais bela ilha do Atlântico, São Miguel, com todo o respeito pelas outras - para ir para a faculdade em Lisboa. Quase duas décadas depois, continuo no Continente, o que, para um ilhéu, envolve sempre regressos periódicos à base para rever a família. É assim que, várias vezes por ano, apesar dos meus 35 anos, volto a ser tratada, a maior parte das vezes, não como uma adulta funcional, mas como aquela menina de 17 anos que ainda era adolescente, apesar da cara forte de quem queria crescer no mundo.
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