Gratas por ter uma bola
Não é surpreendente que a maioria dos discursos a rodear o crescimento do futebol feminino se revista de encómios a parcas medidas pelas quais devemos estar gratas.
Uma das poucas emoções tolerada — talvez até incentivada — numa mulher que viva numa sociedade predominantemente patriarcal é a gratidão. Uma mulher deve estar grata por poder trabalhar, grata por poder votar, grata por não ser assediada se sair de casa de mini saia, enfim, grata por existir.
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