Em Colchão de Pedra, fazemos a cama em que nos deitamos

Nestes contos exemplares, Margaret Atwood retoma a sua célebre ironia e expõe o lado absurdo – e também mágico – da nossa existência.

Foto
Nove “fábulas” de Atwood Mark Blinch/Reuters
Ouça este artigo
00:00
03:34

Margaret Atwood, a muito aclamada autora canadiana, gosta de vampiros. Também aprecia histórias macabras e de outros mundos que, na sua escrita, são uma réplica perigosa e astuciosa da nossa vivência neste planeta a que chamamos Terra. É perita em impor um tom de familiaridade aos acontecimentos mais inverosímeis e em, pelo contrário, imprimir uma aura sinistra a descrições de um quotidiano banal. Esse magistral equilíbrio é visível em Colchão de Pedra, que junta nove “fábulas” (o título original, de 2014, é Stone Mattress: Nine Wicked Tales), em que os temas da sua predilecção, como o envelhecimento, as questões de género e identidade e a sempre consoladora ideia de vingança se desenrolam num território minado pelo imprevisto, pelo absurdo e pelas contingências.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.