Portugal e a política científica, um problema com mais de dois séculos

Qualquer semelhança entre a história de há 200 anos e o cenário que se vive na ciência em Portugal desde a década de 90 não é pura coincidência. Infelizmente parece ser a repetição de um padrão.

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Protesto de cientistas portugueses contra a precariedade em 2018, em Lisboa MIGUEL A. LOPES

Em Portugal, é de finais de Setecentos a primeira aposta estatal relevante numa política científica. O marquês de Pombal já havia dado alguns passos importantes nesse sentido com a criação de instituições de educação para as elites como o Colégio dos Nobres, e sobretudo com a célebre reforma da Universidade de Coimbra em 1772. Mas data do reinado de D. Maria I (1777 a 1816) o grande surto de iniciativas que, no seu conjunto, se podem caracterizar por uma verdadeira política de incentivo à ciência.

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