A importância da sorte na Irlanda do Norte
Os 25 anos do Acordo de Belfast devem convidar à revisitação dos debates ocorridos em Abril de 1998: a paz dura na estrita medida do compromisso das partes com o que foi acordado.
Tudo se resumia à frequência da sorte. A detonação de um engenho explosivo no Gran Hotel de Brighton, em Inglaterra, a 12 de Outubro de 1984, matou cinco pessoas e feriu 31, mas os reais destinatários da bomba, Margaret Thatcher e os ministros do seu governo, ali reunidos na convenção anual do Partido Conservador, escaparam surpreendentemente ilesos. O comunicado emitido pela organização terrorista IRA, redigido com pragmatismo sinistro, explicava os termos do jogo: “Hoje não tivemos sorte, mas lembrem-se de que nos basta ter sorte uma vez; vocês precisam de ter sorte sempre.”
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