As imagens aterradoras da China: os artistas certos contra a violência de Estado
Da Beijing East Village, onde uma geração de artistas respondeu ao massacre de Tiananmen (1989), até Ren Hang, que imagens “impróprias” teme o regime comunista? Outros dissidentes para além de Weiwei.
A incalculável matemática entre a razão de Estado e a visão sem freio dos artistas maiores é mais antiga que a concepção política de “Estado” e a noção de “artista”, respectivamente alicerce e bandeira da cultura moderna. A angústia dos poderes sempre anseia trazer a si e controlar o pensamento extraordinário e os portadores da alteridade. Estas vozes (e as imagens que transportam) esboçam o gesto que denuncia a injustiça; colocam o grão de areia da estranheza poética na previsibilidade da ordem pública; arriscam a estigmatização e o castigo. Estas formas introduzem a disrupção ética e estética que quebra a unanimidade dos coros em que se deixou embrutecer uma sociedade. Ao mesmo tempo que revelam o ângulo morto da ideologia dominante que nos impede de reconhecer o limite das convenções em que todos participamos.
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