A cidade infinita (e os mapas que nos surpreendem)
Rebecca Solnit deu-nos um livro cheia de mapas que iluminam a cidade de São Francisco com a luz de outras experiências. E uma fórmula que podemos repetir.
Quantas cidades existem dentro de uma cidade? Quantas se sobrepõem e quantas nunca se tocam? Cada habitante terá uma e o seu mapa mental correspondente, uma teia de conhecimentos e memórias que dá sentido ao emaranhado de ruas e avenidas, praças, becos. Há tantos mapas possíveis de uma cidade como habitantes, trabalhadores, visitantes. Mais. Alguns terão locais já desaparecidos, como os cinemas da juventude do meu pai (e até os meus), ou as ribeiras que corriam por Lisboa e ficaram enterradas, à superfície só os nomes e as águas que não têm para onde ir quando chove. Ribeira de Alcântara, Valverde ou de Sant'Antão, ribeira de Arroios e de Chelas, memórias que as chuvas de Dezembro desenterraram.
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