Drogas
Uma overdose a cada sete minutos: fentanil está a causar uma crise de saúde pública nos EUA
O fentanil é um problema de saúde pública americano, mas a sua origem está no México. Em San Diego, as autoridades debatem-se com a epidemia do fentanil e o elevado número de mortes.
Uma overdose de fentanil a cada sete minutos. As equipas de paramédicos respondem a chamadas frenéticas, enquanto tentam reanimar as vítimas, muitas vezes já tarde demais.
Os falecidos estão, muitas vezes, deitados no chão como se tivessem sido baleados, mas os acessórios da morte são agulhas, comprimidos ou “pó branco” espalhados ao lado do corpo.
O fentanil que consomem, em alguns casos sem ninguém suspeitar, é traficado para os Estados Unidos em autocaravanas e carros privados, escondido em parques de caravanas e casas, onde, de vez em quando, há apreensões significativas. Mas a polícia agora reconhece os seus limites: apreendem apenas uma parte do fentanil que entra nos Estados Unidos.
Em Tijuana, o tráfico de drogas sintéticas como o fentanil levou a uma onda de violência e, geralmente, são os consumidores as vítimas.
Dormem na rua, ao lado de pilhas de lixo, muitas vezes derrubados em rixas com aqueles que lhes vendem fentanil. Traficantes e dealers tomaram conta da cidade e até fábricas de pinhatas converteram-se em parte do negócio.
As autoridades mexicanas apreendem milhares de quilos de droga por mês. Grande parte é guardada como prova em armazéns, mesmo quando a maioria dos casos nunca chega a julgamento.
Grandes quantidades são queimadas num posto militar nos arredores de Tijuana, mas a quantidade que atravessa a fronteira vai para os milhares de americanos que vão morrer ao consumir esta droga.
Exclusivo PÚBLICO/The Washington Post