O nome de Agustina

De uma infância algo isolada ao casamento e à construção da personagem literária, e complexa, de Agustina.

Foto
Agustina Bessa-Luís paulo ricca/arquivo

Ele chamava-se Artur Ferreira Bessa, tinha trinta e oito anos e descendia de uma família de proprietários rurais da região de Amarante. Por razões de empobrecimento da família, emigrara aos doze anos para o Brasil, de onde regressara já homem maduro, com uma fortuna feita à custa do jogo e de outros negócios duvidosos. Ela chamava-se Laura Jurado Ferreira, tinha vinte e três anos, nascera em Zamora, e procedia de uma família da fidalguia do Douro e da aristocracia provinciana espanhola. Conheceram-se na estância termal de São Vicente, em Entre-os-Rios. Uma noite, ao jantar, Artur ofereceu à bela Laura um prato de figos, exatamente como Carlos faria a Ema, muitos anos mais tarde, nas páginas do romance Vale Abraão.

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