A socialite e empresária norte-americana Kim Kardashian admitiu, no domingo, estar a “reavaliar” a sua relação com a marca de luxo Balenciaga, após a marca ter sido acusada de promover a exploração infantil com as suas últimas campanhas.
A também criadora da marca de roupa modeladora Skims, que é uma das embaixadoras da Balenciaga, quebrou o silêncio face à mais recente controvérsia a envolver a marca de luxo, recorrendo à rede social Twitter. Numa thread, publicada ao final de domingo, Kim refere ter-se mantido em silêncio por querer “uma oportunidade para falar com a equipa [da Balenciaga] de forma a tentar compreender como pode ter acontecido” a situação, acrescentando sentir-se “enojada e indignada com as recentes campanhas”.
No passado dia 16, a casa de moda que faz parte do conglomerado de luxo Kering, lançou as primeiras imagens da campanha Balenciaga Gift Shop. Entre as fotografias desta campanha, duas mostravam crianças com mochilas em forma de ursinhos de peluche a utilizar elementos associados à prática sexual de bondage.
Poucos dias depois, a 21 de Novembro, a marca de luxo lançou uma segunda campanha, fotografada em Julho, que contou com nomes como Nicole Kidman, Isabelle Huppert e Bella Hadid. Entre as imagens da sessão realizada num cenário de escritório, uma incluía a presença de papéis referentes às leis de pornografia infantil.
As duas campanhas causaram tal impacto, negativo, nas redes sociais, que levou a marca a voltar atrás e a retirar algumas das imagens. A 28 de Novembro, quase duas semanas após o início desta controvérsia, e depois de várias tentativas por parte da marca de pedir desculpa, a Balenciaga emitiu um comunicado, publicado na plataforma Instagram, em que assume que estas campanhas “reflectem uma série de erros graves pelos quais a Balenciaga assume a responsabilidade”.
No mesmo comunicado, a marca de luxo anuncia que irá proceder “a investigações a nível interno e externo” e que se encontra a estabelecer contacto com “organizações especializadas em protecção infantil e que visam acabar com o abuso e exploração infantil”.
Kim Kardashian, que é mãe de quatro filhos, referiu que o seu futuro com a marca dependerá da “vontade [da Balenciaga] em se responsabilizar por algo que nunca deveria ter acontecido” e das acções que venha a tomar para “proteger as crianças”.
Texto editado por Bárbara Wong