Conduzir um carrinho à vela não tem nada de especial. Será que não?

À vela na areia: relato de experiências numa praia belga e noutra francesa.

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Há uma corda invisível que separa a vida de todos os dias da vida que gostaríamos de arriscar Miguel Calado Lopes

Depois de hora e meia a aprender a velejar na areia, parei a descansar, saboreando o feito. Dei comigo a pensar que há uma corda invisível que separa a vida de todos os dias da vida que gostaríamos de arriscar. O limite entre o conforto e o desconforto. A corda vai-se desfiando em cordel à medida que o desconhecido vai perdendo a ameaça e se torna conhecido. O ordinário e o extraordinário fundem-se então na certeza de que os nossos limites estão um bom bocado além do que poderíamos imaginar. Foi o ganho da confiança de que era capaz de conduzir um carrinho à vela que me levou à conclusão. Desafiei o meu conforto impulsionado por uma nortada de 40 km/h numa extensa praia da Flandres ocidental belga e também na praia de Dunquerque, em França.

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