O Livro da Patrícia: uma história de amor e de fantasmas
Cinco anos após a morte da fotógrafa Patrícia Almeida, David Guéniot publica O Livro da Patrícia. É uma história de amor e de fantasmas.
Nascido em 1972, em Caen, França, formado em ciências políticas e filosofia, David Guéniot fez carreira na sombra, com o lugar de protagonismo a ser ocupado pelos artistas com quem colaborou. Teve a suja primeira experiência profissional em L’Usine, um centro cultural em Genebra que se distingue pelo modelo de autogestão dos grupos e projectos que acolhe. Na transição para o séc. XXI, instalou-se em Portugal e durante dez anos colaborou com João Fiadeiro, primeiro na sua companhia de dança, depois na formação do Atelier Real, a programar e a acolher projectos de experimentação transversais à dança e às artes performativas. Da sua relação com a fotógrafa Patrícia Almeida, surgiu uma série de projectos em parceria, com a editora Ghost em destaque. Publicaram Portobello (2009) e, entre outros livros de menor dimensão, em que procuraram acercar-se da herança romântica na cultura juvenil contemporânea, o colossal Ma Vie va Changer (2015), onde a vida familiar do casal, e a doença de Patrícia, convivem com instantes críticos que moldaram a história da década passada. Concluído cinco anos após a morte de Patrícia Almeida, O Livro da Patrícia é, segundo o autor, um epílogo a Ma Vie Va Changer. Reencontramos, de facto, o mesmo dispositivo, a que Guéniot dá o nome de “ensaio visual”: imagens montadas e sequenciadas por processos de associação, articulando retratos de família com recortes de fontes variadas.
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