Conheça a equipa: João Miguel Tavares é cronista na última página do PÚBLICO
O que há por detrás da notícia, como é pensado um jornal, quem são as pessoas que todos os dias lhe fazem chegar o mundo às mãos — nesta série de vídeos, damos-lhe um passe de acesso privilegiado aos bastidores do PÚBLICO. No nono episódio, saímos da redacção e vamos até à casa de João Miguel Tavares, onde o cronista escreve os textos para a última página do jornal.
João Miguel Tavares, natural de Portalegre, chegou a ser aluno de Engenharia Química, mas formou-se em Ciências da Comunicação, na Universidade Nova de Lisboa. O cronista do PÚBLICO foi, durante muitos anos, jornalista e é autor de várias obras literárias. No jornal, para além do comentário político nas suas crónicas, fez parte do podcast Conversas de Última Página, o espaço onde estava frente a frente com o então também cronista do jornal Rui Tavares.
Por ter crescido no interior do país, sublinha que os jornais e os livros foram muito importantes para a sua formação. “Quando o PÚBLICO nasceu, em Março de 1990, eu estava na transição dos 16 para os 17 anos. Na altura, crescias e cultivavas-te através das notícias que lias”, explica. O cronista reforça que “parte do amor pela escrita veio do fascínio por jornais”. Já os textos de opinião, esses surgiram “por acaso”. Sempre gostou de opinar. Começou pela área da cultura, com críticas a livros, filmes e música, e, nos últimos anos, focou-se no comentário político.
“Em Portugal, não existe nenhuma posição melhor para escrever do que a última página do PÚBLICO , em termos do impacto que tens enquanto colunista”, sublinha, ciente das reacções que as suas crónicas suscitam. João Miguel Tavares acredita que é benéfico ter tanto leitores que concordam consigo como aqueles que deixam comentários apenas pelo “prazer em discordar”, pois o mais importante é que haja sempre espaço para o confronto de opiniões.
Texto editado por João Mestre