Destes quatro nomes poderá vir a sair o sucessor de Xi Jinping no futuro

Hu Chunhua, Chen Min’er, Ding Xuexiang e Li Qiang são os nomes mais falados para o Comité Permanente do Politburo.

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Li Qiang, líder do partido em Xangai Aly Song/Reuters

Nota da Direcção Editorial:

A notícia abaixo transcrita copia um texto do Washington Post (Who will succeed Xi Jinping as China's leader? It's complicated.) publicado no dia 10 de Outubro, sem atribuir os devidos créditos de autoria. Configura, por isso, um caso de plágio que obriga ao seu reconhecimento e divulgação pública. O jornalista que a assinou estava a desenvolver um estágio profissional no PÚBLICO, que, entretanto, terminou, o que o afasta de eventuais procedimentos sancionatórios. Mas, sendo cometido por um estagiário, o erro expõe falhas de controlo dos respectivos editores, que foram reconhecidas e assumidas.

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Decidimos manter o texto publicado e anexamos o texto original do Washington Post, com o qual o PÚBLICO tem um acordo que lhe permite utilizar os seus conteúdos jornalísticos, para que os leitores possam compreender em toda a extensão a dimensão deste plágio. Pedimos-lhes, entretanto, desculpa e compreensão. Como este caso foi denunciado ao Provedor dos Leitores, aguardamos as suas perguntas para dar mais esclarecimentos. No PÚBLICO, os erros e as falhas combatem-se com transparência e através de um continuado esforço para melhorar procedimentos e reduzir a possibilidade de erro.

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  • Leia aqui a coluna do Provedor dos Leitores sobre este caso

À medida que o Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC) se aproximava, aumentavam as especulações sobre a possibilidade de Xi Jinping posicionar candidatos com potencial para lhe suceder depois do seu quase garantido terceiro mandato enquanto secretário-geral do partido. A possibilidade de haver duas novas nomeações para o Comité Permanente do Politburo, o órgão de sete membros com maior poder de tomada de decisão no partido (e, como consequência no país), passo imprescindível para ascender ao topo, fez surgir vários nomes bem posicionados. Entre quem já está e quem poderá entrar no comité, quatro nomes são falados como possíveis sucessores.

Hu Chunhua, 59 anos

Proveniente da facção da Liga da Juventude Comunista, Hu foi o funcionário mais jovem a garantir um lugar no Comité Permanente do Politburo no último Congresso, há cinco anos. No período anterior a Xi, a sua rápida ascensão fez parecer que poderia ser um possível sucessor do líder do partido.

Contudo, a sua falta de experiência de trabalho ao lado de Xi Jinping em comparação com os restantes candidatos, significa que poucos o consideram como possível sucessor. A sua presença no Comité pode indicar, ainda assim, um certo grau de equilíbrio de poderes entre o total de apoiantes do actual presidente do PCC e de outras forças.

Chen Min’er, 62 anos

O secretário do Partido Comunista Chinês em Chongqing, Chen Min'er, vem da província de Zhejiang, base importante do poder de Xi Jinping. Construiu a sua reputação como membro leal a Xi durante o seu mandato como chefe do partido na empobrecida província de Guizhou, na linha da frente no combate à pobreza no país.

Ganhou nome em 2017, quando caiu de pára-quedas em Chongqing depois da dramática saída do antigo chefe do partido da cidade, Sun Zhengcai, sendo considerado como possível candidato a substituir Xi Jinping.

Ding Xuexiang, 60 anos

Poucos são os membros actuais do Politburo para promoção ao Comité Permanente que trabalharam tão perto de Xi quanto Ding. O seu cargo de director do gabinete do secretário-geral, é equivalente ao de chefe de gabinete do actual presidente do PCC.

O relacionamento entre os dois políticos remonta ao período em que trabalharam juntos em Xangai, em 2007, quando Ding ajudou Xi a lidar com um escândalo de corrupção que derrubou o chefe do partido na cidade. A sua posição na Secretaria Central do partido, o órgão que conduz as operações diárias em nome do Politburo, tornou-o num membro crucial da agenda política do líder chinês.

Li Qiang, 63 anos

Como secretário do partido em Xangai, Li teve um ano difícil, uma vez que se tornou o foco da raiva generalizada da população durante o surto de coronavírus. As tomadas de decisão das autoridades locais, nomeadamente a aplicação da política “covid zero”, fez com que Xangai entrasse e saísse de confinamentos sucessivos.

Ainda assim, Li é considerado um aliado de Xi, tendo trabalhado directamente com ele em Zhejiang, e tendo provado uma lealdade perante as exigências do governo central na gestão da pandemia de covid-19.

Texto actualizado às 16h40 do dia 2 de Novembro por se tratar do plágio de um artigo publicado originalmente no Washington Post.

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