Uma mediateca no interior da Guiné-Bissau quer continuar o legado de Amílcar Cabral
A aldeia de Malafo, a cerca de 90 quilómetros de Bissau, tem agora uma biblioteca com livros doados e uma mediateca para preservar a memória e os arquivos da luta da independência. Os organizadores da iniciativa, onde se inclui a artista portuguesa Filipa César, querem que seja um espaço de encontros comunitários.
Marinho de Pina, artista transdisciplinar guineense e parte da equipa que concretizou a Mediateca Abotcha, recorre ao fenómeno raro e quase único que é o macaré - confluências de água, neste caso o choque entre os rios Corubal e Geba - para definir este espaço de intercâmbio cultural, cruzamento de memória da luta anticolonial e conservação e produção de arquivos (visuais e literários). A Mediateca foi inaugurada a 12 de Setembro na aldeia de Malafo, Guiné-Bissau, e a data importa: é o aniversário de nascimento do pensador e mobilizador da luta de libertação contra o colonialismo português Amílcar Cabral, que foi assassinado em 1973.
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