Pagar 300 euros por uma despensa ou ficar sem casa: a realidade do alojamento estudantil em Portugal
Vêem os empréstimos para estudar serem recusados, esperam pela bolsa para não desistirem do curso e chegam a ser enganados pelos senhorios, que lhes atribuem despensas como quartos. Entre a elevada procura e a pouca oferta, os universitários vão-se sujeitando: “Os preços estão exageradamente caros”, lamentam.
João Jesus, natural de Ribeira de Pena, entrou no ensino superior no ano passado e ficou colocado onde queria: curso de Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). Apesar da felicidade inicial, o facto de ter mais dois irmãos gémeos (um deles também na universidade) fê-lo questionar se suportar todas as despesas não seria demasiado esforço para os pais. Mesmo com um part-time no Verão e os 50 euros de gorjetas que consegue em dois meses, sabia que o que ganhava não chegava para ajudar.
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