Há 18 mil euros para projectos que promovam autonomia e direitos de pessoas com deficiência
Estão abertas até 18 de Outubro as candidaturas para as três distinções do Instituto Nacional para a Reabilitação, na área da tecnologia, design e ciências sociais, no âmbito dos Prémios de Investigação e Desenvolvimento 2022.
O Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) já abriu as candidaturas para os Prémios de Investigação e Desenvolvimento 2022. O trio de distinções distribui-se pelas áreas da inovação tecnológica, ciências sociais e humanas e da mensagem gráfica e tem 18 mil euros para distribuir. As candidaturas estão abertas até 18 de Outubro.
Começamos pelo prémio Cartaz 3 de Dezembro, que distingue “o trabalho gráfico que sensibilize e mobilize a opinião pública para o reconhecimento dos direitos das pessoas com deficiência”, diz o INR em comunicado. O objectivo é que o cartaz vencedor possa ser utilizado na celebração do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, assinalado, precisamente, a 3 de Dezembro.
Quem ficar em primeiro lugar terá direito a três mil euros, uma quantia atribuída, em partes iguais, pelo INR e o El Corte Inglés. Para além do vencedor, serão eleitos mais dois trabalhos que receberão, cada um, uma menção honrosa. Os distinguidos vão receber também uma peça de arte oferecida pelo CENCAL - Centro de Formação Profissional para a Indústria da Cerâmica.
Qualquer das distinções pode não ser atribuída “caso o júri considere que nenhum dos trabalhos dos/as candidatos/as merece distinção no âmbito dos objectivos do concurso”, especifica a instituição no regulamento, onde estão também clarificados os requisitos que cada criação deve cumprir.
“Nas edições anteriores foram distinguidos trabalhos de profissionais da arte e do design, de pessoas com deficiência, estudantes e outras personalidades que na diversidade de olhares, prosseguem os valores da inclusão”, lê-se na nota de imprensa.
O segundo galardão, o Prémio de Inovação Tecnológica Engenheiro Jaime Filipe, tem a finalidade de condecorar “a invenção e o desenvolvimento de equipamentos, instrumentos, produtos e tecnologias que promovam a autonomia das pessoas com deficiência no seu quotidiano”, nota o INR. Pretende-se que os projectos submetidos a concurso sejam inovadores e “passíveis de aplicação industrial, produção e comercialização”.
Tal como no anterior, as candidaturas podem ser feitas de forma individual ou colectiva, desde que os participantes tenham mais de 18 anos e estejam sediados em território nacional.
O valor do primeiro prémio é de dez mil euros, atribuído de forma equitativa pelo INR e pelo Grupo Os Mosqueteiros. Serão ainda concedidas duas menções honrosas. Os distinguidos recebem também uma peça de arte oferecida pelo CEARTE- Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património.
Em 2021, venceu o projecto de Roberto Vaz, I AM Visiting: Interactive, Accessible and Multisensory Museum Visits, cuja ambição é “nivelar a experiência da visita ao museu por públicos com e sem deficiência visual”.
Por fim, o Prémio para as Ciências Sociais e Humanas foca-se nos “trabalhos realizados por estudantes de mestrado e doutoramento que, através da sua investigação, concorram para produção de conhecimento científico sobre deficiência e inclusão”.
A recompensa para o projecto vitorioso, atribuída pelo INR, é de cinco mil euros. Será ainda dado destaque a mais duas propostas, com menções honrosas. Os três terão ainda direito a uma peça de arte oferecida pelo CEFPI - Centro de Educação e Formação Profissional Integrada.
Para serem elegíveis para a competição, os trabalhos têm de ter sido concluídos em 2022 ou 2021, estar redigidos ou traduzidos para português e já terem sido submetidos a “validação académico-científica por um júri ou um/a docente que tenha orientado o trabalho”.
Aquando da submissão da candidatura, o formulário preenchido deve ser acompanhado de uma “carta de recomendação digitalizada, assinada pelo/a docente orientador/a do trabalho”, especifica a instituição no regulamento.
O último trabalho a arrecadar o primeiro prémio, em 2021, foi a dissertação de mestrado de Luís Vicente, intitulada Inclusão Social: Avaliação da Acessibilidade em Equipamentos Sociais. Um Estudo de Caso. Uma investigação que teve como propósito “analisar e avaliar as acessibilidades de um restaurante” a vários níveis.
Texto editado por Amanda Ribeiro