Vigilantes nos museus: um problema sério e nada novo
As condições exigidas nesta carreira, e a falta de incentivos que compensem os horários de trabalho necessários, levam muitas vezes ao abandono dos postos de trabalho, um problema que não é novo, nem nacional.
Luís Raposo, antigo diretor do Museu Nacional de Arqueologia e Presidente do ICOM-Europa, tem sido a voz mais presente na comunicação social denunciando a progressiva, mas cada vez mais acelerada, degradação das condições de trabalho nos museus nacionais. No seu último artigo no PÚBLICO (“Assistentes de sala: desvergonha nos museus nacionais”, de 31 de julho) aborda o problema da falta de vigilância nos museus nacionais e do recurso a empresas de trabalho temporário para os resolver. Dos enormes problemas que estes museus enfrentam, é aquele que se torna imediatamente visível por obrigar ao fecho de bilheteiras e salas de exposição, diminuindo a segurança e refletindo-se de forma evidente na qualidade do serviço prestado ao público. Concordo com Luís Raposo quanto à “desvergonha”, mas tenho algumas dúvidas que seja “nova”.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.