“Deixem o coração de D. Pedro no Porto”, pedem intelectuais brasileiros

Historiadores, escritores e filósofos brasileiros criticam a autorização da Câmara do Porto de trasladar para o Brasil o coração de D. Pedro IV. Rui Moreira é acusado de desrespeitar e ofender a memória do primeiro imperador daquele país. E dizem que o autarca pode tornar-se “um actor coadjuvante” de uma “manifestação golpista” de Jair Bolsonaro nas celebrações do bicentenário da independência do Brasil.

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Coração de D. Pedro Maria João Gala

Quando leu a notícia de que o coração de D. Pedro IV seria trasladado de Portugal para o Brasil, a arqueóloga e historiadora brasileira Valdirene Carmo Ambiel temeu o pior. A primeira imagem que lhe veio à mente foi a do Monumento à Independência, em São Paulo, onde estão guardados os restos mortais de D. Pedro e das suas duas esposas, as imperatrizes Maria Leopoldina e Amélia Leuchtenberg — o monarca casou-se com a segunda em 1829, três anos após a morte da primeira.

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