Como uma escola no Beato encontrou o seu futuro na dança e na música
Há oito anos, a Escola Luís António Verney, no Beato, em Lisboa, decidiu transformar-se para combater o insucesso e abandono escolar. Tornou-se uma escola de ensino artístico especializado de música e de dança. Oito anos, depois, tem os seus primeiros finalistas. Um sucesso escolar, social, comunitário.
Tinham acabado há pouco Wolfgang, bitte…, peça determinante no percurso de Rui Horta, recuperada, remontada, interpretada nos maiores palcos mundiais desde a estreia em 1991. Tinham ouvido um “bravo” libertar-se da plateia, tinham ouvido as centenas nas cadeiras aplaudir com efusividade de concerto pop e talvez tenham até reparado naquele tripé na plateia, montado por uma mãe desejosa de documentar tudo em câmara. Agora que acabaram, serão rodeados por dezenas de colegas mais novos que cantam “finalistas, allez!” no ritmo de Seven Nation Army, a canção dos White Stripes que se tornou omnipresente nos estádios de futebol. Agora que acabaram, há uma bailarina que chora, comovida, outros e outras que se abraçam, muitos sorrisos.
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