Seis exposições para vencer um “Verão invencível”
Festival de fotografia contemporânea chama a Régio da Emília, cidade da Emília-Romanha, um conjunto de reflexões artísticas sobre a memória. Até 12 de Junho.
A pièce de résistance do Festival Fotografia Europeia, que até 12 de Junho agita a pequena cidade de Régio da Emília, na Emília-Romanha, a 60 quilómetros da capital, Bolonha, é uma genealogia do que fica à margem da sociedade. São rostos famintos, veias expostas à heroína, corpos enrolados sobre si próprios em camas de hospício e outros que se vendem na berma da estrada, famílias a partilhar cama com crianças de olhar ausente. A fotógrafa norte-americana Mary Ellen Mark (1940-2015) não poupou na escolha de temas para documentar a realidade — e pelo caminho não nos poupou ao espectáculo da sociedade que cunhou a ideia do sonho americano. Também fez trabalhos de glamour, fotografia de moda. Tudo isto já foi visto em páginas de publicações como a Life, a Time, a Rolling Stone e o New York Times, nos muitos livros que publicou desde 1974 e em exposições. Os 86 registos que a curadora Anne Morin leva aos claustros de São Pedro, no Palazzo da Mosto, magnífico convento beneditino do século XV, não surpreendem pela novidade, mas nem por isso deixam de ser alfinetadas no statu quo.
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