São Paulo aos paulistas — da língua ao futebol
Em São Paulo, a megalópole da América do Sul com 12 milhões de habitantes, existem dois museus que rasgam o horizonte. Não são museus de arte, mas oferecem uma experiência estética, tecnológica e cultural marcante. O Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol articulam a teoria e a vivência, tratam da criatividade dos povos no curso dos tempos como no dia-a-dia e falando do Brasil, falam de nós.
O brutalismo de São Paulo transporta uma energia americana contagiante e um impulso criativo particularmente cifrados para o entendimento de um europeu em viagem. A cidade dos negócios da cana-de-açúcar e do café para exportação tornou-se, nos últimos 100 anos, o destino das sucessivas vagas de imigração de origem italiana, portuguesa, japonesa, espanhola, alemã, lituana, arménia, libanesa e árabe, além dos refugiados na II Guerra Mundial (a comunidade judaica ultrapassa os 60 mil habitantes, a maioria em Higienópolis), do êxodo dos nordestinos compondo a maior comunidade fora do Nordeste e da imigração boliviana a partir dos anos 1970. Hoje, o número de bolivianos superou o de portugueses e o de chineses ultrapassa o de japoneses entre os moradores da capital.
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