Há conflitos que ganham vida própria mesmo antes de ocorrerem, mesmo podendo nunca vir a ocorrer. É esta a sensação que vem da leitura de notícias constantes sobre a agressão da Rússia contra a Ucrânia, que antes era iminente, depois era menos iminente, e agora se tem outra vez como quase inevitável. Convirá não esquecer que, há alguns anos, promovemos com ligeireza uma alteração de poder em Kiev; e subestimámos, da mesma sorte, a mais do que previsível reação russa. O que, porém, sucede depois é só de responsabilidade russa: ocupou, de facto, parte do leste ucraniano e capturou a Crimeia.
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