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Por causa das alterações climáticas, há um rasto de carcaças de ovelhas e cabras no Quénia
Depois de dois meses de seca, o Quénia enfrenta chuvas abruptas e temperaturas baixas que levaram à morte de milhares de cabras e ovelhas, deixando cerca de 2,8 milhões de quenianos à beira da fome.
As imagens captadas nos últimos dias impressionam. Uma mudança abrupta do tempo no Norte do Quénia deixou um rasto de cadáveres de gado, a principal fonte de sustento da população. Só numa área do condado de Marsabit, os pastores perderam cerca de 20 mil cabras e ovelhas em sete dias, anunciou, na semana passada, Roba Koto, representante do governo do condado de North Horr, relata a Reuters. Um deles foi o pastor Guyo Gofu, que lamenta a morte das suas 350 cabras. "Dependíamos delas para abater, comer, vender e agora não tenho meios", disse.
Após dois meses de seca severa no condado de Marsabit, seguiu-se a recente e abrupta vaga de chuvas fortes, acompanhadas por temperaturas mais baixas do que o normal e ventos fortes. O fenómeno causou a morte de milhares de ovelhas e cabras, colocando as comunidades pastoris do Norte da África Oriental numa situação desastrosa. Segundo a EPA, a seca foi já declarada uma catástrofe nacional e relatórios recentes indicam que cerca de 2,8 milhões de quenianos estão à beira da fome, caso as alterações climáticas continuem a persistir.
Texto editado por Amanda Ribeiro