Alemanha: as vítimas lusófonas da extrema-direita
Uma violenta onda de ataques neonazis varreu a Alemanha nos anos que se seguiram à queda do Muro de Berlim. O ódio racial fez mais de 200 mortos desde então. Entre eles, moçambicanos, angolanos e um português, que perderam a vida apenas por serem estrangeiros. A justiça alemã falhou quase sempre no julgamento dos crimes enquanto actos racistas.
Esperança Bunga passou a infância a ouvir que a sua mãe, Mónica, estava no céu. “E eu pensava: ‘Se está no céu, quando é que ela volta?’ Durante muito tempo, pensei que tinha ido lá acima de férias e que um dia regressaria”, recorda a angolana, hoje com 27 anos. “Só quando comecei a perceber as coisas, que as pessoas morrem, é que entendi que teria de viver sem ela.”
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.