Cem fotógrafos unidos pela conservação da vida selvagem

"Kilifi é um rinoceronte de 18 meses e o seu cuidador, Kamara, cuida de mais duas crias de riconerontes no centro de conservação Lewa, no Quénia. Kamara passa 12 horas por dia, todos os dias, a cuidar de rinocerontes bebés. A população de riconerontes-negros do Quénia esteve quase em extinção, mas a sua população está em crescimento graças aos esforços de pessoas e governo na sua protecção." ©Ami Vitale
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"Kilifi é um rinoceronte de 18 meses e o seu cuidador, Kamara, cuida de mais duas crias de riconerontes no centro de conservação Lewa, no Quénia. Kamara passa 12 horas por dia, todos os dias, a cuidar de rinocerontes bebés. A população de riconerontes-negros do Quénia esteve quase em extinção, mas a sua população está em crescimento graças aos esforços de pessoas e governo na sua protecção." ©Ami Vitale

Cem fotógrafos da vida selvagem uniram-se em prol de uma causa: a da conservação da natureza. Cada um contribuiu com imagens de sua autoria para dar forma a uma feira de fotografia online cuja receita reverterá, em parte, a favor de organizações e fundações dedicadas à preservação ambiental e à protecção animal. "Temos 100 dos melhores fotógrafos do mundo a contribuir para esta venda e a lista é, basicamente, composta por fotógrafos da National Geographic, das belas artes e alguns talentos emergentes", explica Ami Vitale ao P3, através de comunicado. "Fiquei entusiasmada por contar também com a contribuição de Jane Goodall, que nos disponibilizou fotografias inéditas que fez na Tanzânia durante o período que dedicou aos seus queridos chimpanzés", realça a fotógrafa norte-americana. 

A organização não-governamental Vital Impacts, criada e liderada por Vitale e pela jornalista Eileen Mignoni, tem por base a crença no poder da fotografia enquanto arma de consciencialização. "A fotografia é uma ferramenta poderosa na criação de empatia, de consciencialização e de compreensão entre culturas", refere a fotógrafa. "A fotografia tem o poder de tocar as pessoas de forma emocional, profunda. Os fotógrafos têm, por isso, uma grande oportunidade de informar e de influenciar para a mudança. Mas para que uma imagem tenha significado, precisa de contar uma história. E é isso que está por detrás de Vital Impacts."

Até 31 de Dezembro, a feira fotográfica tem como objectivo angariar um milhão de dólares para as organizações de conservação da natureza Big Life Foundation, Jane Goodall Institute, Great Plains Conservation Project Ranger e Sea Legacy. Parte das receitas serão também direccionadas para o apoio aos fotógrafos da vida selvagem, para que possam dar continuidade aos seus projectos e, assim, contribuir para a visibilidade da causa da conservação ambiental. "Este é um momento único para modificarmos a nossa relação com a natureza", conclui Vitale. "Todos precisamos de fazer tudo o que está ao nosso alcance para cuidar das plantas e criaturas que habitam a Terra. Elas são nossas companheiras de viagem neste universo."

"Ye Ye, um panda-gigante de 16 anos, está deitado no centro de conservação da Reserva Natural de Wolong. O nome dela, representado por caracteres chineses e japoneses, celebra a amizade entre os dois países. A cria de Ye Ye, Hua Yan (que significa Menina Bonita) está a ser treinada para ser libertada no seu habitat natural. Ao reproduzir e libertar pandas, aumentando a população existente e protegendo o habitat, a China está a lograr salvar o seu animal mascote."
"Ye Ye, um panda-gigante de 16 anos, está deitado no centro de conservação da Reserva Natural de Wolong. O nome dela, representado por caracteres chineses e japoneses, celebra a amizade entre os dois países. A cria de Ye Ye, Hua Yan (que significa Menina Bonita) está a ser treinada para ser libertada no seu habitat natural. Ao reproduzir e libertar pandas, aumentando a população existente e protegendo o habitat, a China está a lograr salvar o seu animal mascote." ©Ami Vitale
"No Inverno, os macacos japoneses do Parque Nacional Joshin'etsukogen, na ilha de Honshu, juntam-se nas fontes de água quente para se manterem quentes e para socializarem. Quanto mais geladas as montanhas, maiores as reuniões. Neste dia encontrei 30 macacos a desfrutar das águas quentes com as cabeças cobertas de neve. A água quente tem um efeito de relaxamento e, por isso, a maioria estava a dormir. Observei este jovem macaco enquanto se tornava sonolento até fechar os olhos. Foi uma honra sentir que o animal confiou em mim o suficiente para adormecer na minha presença Usei uma tele-objectiva para captar este momento de tranquilidade e para enfatizar quão parecidos os macacos são com os humanos."
"No Inverno, os macacos japoneses do Parque Nacional Joshin'etsukogen, na ilha de Honshu, juntam-se nas fontes de água quente para se manterem quentes e para socializarem. Quanto mais geladas as montanhas, maiores as reuniões. Neste dia encontrei 30 macacos a desfrutar das águas quentes com as cabeças cobertas de neve. A água quente tem um efeito de relaxamento e, por isso, a maioria estava a dormir. Observei este jovem macaco enquanto se tornava sonolento até fechar os olhos. Foi uma honra sentir que o animal confiou em mim o suficiente para adormecer na minha presença Usei uma tele-objectiva para captar este momento de tranquilidade e para enfatizar quão parecidos os macacos são com os humanos." ©Jasper Doest
Nos primeiros dias que passou em Gombe, Jane Goodall passou muitas horas sentada no topo de uma montanha a observar, com binóculos e telescópio, à procura de chimpanzés na floresta. Fez este auto-retrato com a câmara amarrada a um ramo de uma árvore, em 1962.
Nos primeiros dias que passou em Gombe, Jane Goodall passou muitas horas sentada no topo de uma montanha a observar, com binóculos e telescópio, à procura de chimpanzés na floresta. Fez este auto-retrato com a câmara amarrada a um ramo de uma árvore, em 1962. ©Jane Goodall
Mãe preguiça e a sua cria de dois meses foram salvas quando a árvore onde estavam foi cortada. Miraculosamente, elas sobreviveram à queda com pequenos ferimentos e foram devolvidas às florestas do Parque Nacional Cahuita, na Costa Rica.
Mãe preguiça e a sua cria de dois meses foram salvas quando a árvore onde estavam foi cortada. Miraculosamente, elas sobreviveram à queda com pequenos ferimentos e foram devolvidas às florestas do Parque Nacional Cahuita, na Costa Rica. ©Suzi Eszterhas
A crina do cavalo oscila ao vento numa montanha em Jardine, Montana, no Parque  Nacional Yellowstone, em 2014.
A crina do cavalo oscila ao vento numa montanha em Jardine, Montana, no Parque Nacional Yellowstone, em 2014. ©David Guttenfelder
A língua deste beija-flor pode ser vista através do vidro a sugar néctar artificial. Para alimentar o seu voo enérgico, os beija-flores consumem mais do que o seu próprio peso em néctar todos os dias, através da sua língua que se move 15 vezes por segundo. Em cativeiro, eles são alimentados com néctar artificial, que contém proteínas e nutrientes que, na imagem, aparecem como manchas brancas.
A língua deste beija-flor pode ser vista através do vidro a sugar néctar artificial. Para alimentar o seu voo enérgico, os beija-flores consumem mais do que o seu próprio peso em néctar todos os dias, através da sua língua que se move 15 vezes por segundo. Em cativeiro, eles são alimentados com néctar artificial, que contém proteínas e nutrientes que, na imagem, aparecem como manchas brancas. ©Anand Varma
Os cientistas usam gotas de água minúsculas criadas artificialmente para visualizar o movimento do ar em torno das asas dos beija-flores. Fotografia realizada durante recriação de uma experiência conduzida pelo Doutor Victor Ortega Jimenez, do Dudley Lab da Universidade da California, Berkeley, EUA.
Os cientistas usam gotas de água minúsculas criadas artificialmente para visualizar o movimento do ar em torno das asas dos beija-flores. Fotografia realizada durante recriação de uma experiência conduzida pelo Doutor Victor Ortega Jimenez, do Dudley Lab da Universidade da California, Berkeley, EUA. ©Anand Varma
"Durante uma expedição à Gronelândia, fui abordado por um uso polar curioso. O momento durou apenas breves segundos. O urso mergulhou rapidamente logo a seguir à fotografia. Espero que esta imagem transporte o espectador para o Ártico e que contribua para que crie uma relação emocional com o seu frágil ecossistema."
"Durante uma expedição à Gronelândia, fui abordado por um uso polar curioso. O momento durou apenas breves segundos. O urso mergulhou rapidamente logo a seguir à fotografia. Espero que esta imagem transporte o espectador para o Ártico e que contribua para que crie uma relação emocional com o seu frágil ecossistema." ©Andy Mann
Vista aérea de um urso polar a nadar entre gelo derretido, em Nunavut, Canadá.
Vista aérea de um urso polar a nadar entre gelo derretido, em Nunavut, Canadá. ©Florian Ledoux
Uma foca bebé procura abrigar-se dos ventos fortes que sopram sobre o mar gelado do Golfo de St. Lawrence. As focas nascem, normalmente, em Fevereiro. Durante 12 a 15 dias são alimentadas pelas mães que, logo em seguida, as abandonam para que possam procriar. As focas bebés têm de aprender a nadar, a comer sozinhas. A sua mortalidade é elevada ou muito elevada em anos mais quentes devido ao enfraquecimento do gelo.
Uma foca bebé procura abrigar-se dos ventos fortes que sopram sobre o mar gelado do Golfo de St. Lawrence. As focas nascem, normalmente, em Fevereiro. Durante 12 a 15 dias são alimentadas pelas mães que, logo em seguida, as abandonam para que possam procriar. As focas bebés têm de aprender a nadar, a comer sozinhas. A sua mortalidade é elevada ou muito elevada em anos mais quentes devido ao enfraquecimento do gelo. ©Jennifer Hayes
"Tinha este enquadramento na minha cabeça e por isso esperei longas horas até conseguir esta fotografia."
"Tinha este enquadramento na minha cabeça e por isso esperei longas horas até conseguir esta fotografia." ©Thomas Vijayan
Sibéria, 2005. Vista aérea sobre o Lago Baikal. Durante o Inverno, o gelo chega a ter 1,5 metros de espessura, o que permite que camiões e animais atravessem o lago em segurança. As linhas brancas são fissuras. À medida que a temperatura sobe, o gelo a partir emite barulhos muito altos, o que reforça o ambiente especial que se vive no local.
Sibéria, 2005. Vista aérea sobre o Lago Baikal. Durante o Inverno, o gelo chega a ter 1,5 metros de espessura, o que permite que camiões e animais atravessem o lago em segurança. As linhas brancas são fissuras. À medida que a temperatura sobe, o gelo a partir emite barulhos muito altos, o que reforça o ambiente especial que se vive no local. ©Matthieu Paley
Cavalos na praia de Isle of Muck Farms. Do local é visível a Isle of Rum. Much é a mais pequena das quatro ilhas que formam as Small Isles, na Escócia.
Cavalos na praia de Isle of Muck Farms. Do local é visível a Isle of Rum. Much é a mais pequena das quatro ilhas que formam as Small Isles, na Escócia. ©Jim Richardson
Urso polar na Ilha Rudolf, no arquipélago russo de Franz Josef Land, o destino das expedições marinhas multidisciplinares que decorreram durante o Verão de 2013. A expedição tinha como objectivo desvendar, entre outros mistérios, o motivo pelo qual ocorre o degelo e quais as consequências desse fenómeno.
Urso polar na Ilha Rudolf, no arquipélago russo de Franz Josef Land, o destino das expedições marinhas multidisciplinares que decorreram durante o Verão de 2013. A expedição tinha como objectivo desvendar, entre outros mistérios, o motivo pelo qual ocorre o degelo e quais as consequências desse fenómeno. ©Cory Richards
"Durante quase 40 anos, o fotógrafo James Balog abriu novos caminhos conceptuais e artísticos sobre um dos mais importantes temas da nossa era: a alteração da natureza pelo Homem."
"Durante quase 40 anos, o fotógrafo James Balog abriu novos caminhos conceptuais e artísticos sobre um dos mais importantes temas da nossa era: a alteração da natureza pelo Homem." ©James Balog
O último projecto de Jim Naughten conduz o espectador até um lugar que pode, ou não, ter existido. Como um explorador, cientista e fotógrafo, Naughten documentou um mundo que existe no subconsciente popular há centenas de anos. As montanhas de Kong podem ser encontradas num dos mais prestigiados mapas de África de 1798 até meados de 1880, até terem sido declaradas como inexistentes. A imagem que realizou pode ser vista em três dimensões utilizando tecnologia estereoscópica que foi popular nessa época (1880's).
O último projecto de Jim Naughten conduz o espectador até um lugar que pode, ou não, ter existido. Como um explorador, cientista e fotógrafo, Naughten documentou um mundo que existe no subconsciente popular há centenas de anos. As montanhas de Kong podem ser encontradas num dos mais prestigiados mapas de África de 1798 até meados de 1880, até terem sido declaradas como inexistentes. A imagem que realizou pode ser vista em três dimensões utilizando tecnologia estereoscópica que foi popular nessa época (1880's). ©Jim Naughten
"Durante quase 40 anos, o fotógrafo James Balog abriu novos caminhos conceptuais e artísticos sobre um dos mais importantes temas da nossa era: a alteração da natureza pelo Homem."
"Durante quase 40 anos, o fotógrafo James Balog abriu novos caminhos conceptuais e artísticos sobre um dos mais importantes temas da nossa era: a alteração da natureza pelo Homem." ©James_Balog,
O pombo jacobino era um dos favoritos de Darwin, que criava aves para mostrar exemplos extremos de domesticação.
O pombo jacobino era um dos favoritos de Darwin, que criava aves para mostrar exemplos extremos de domesticação. ©Robert Clark
O leão-marinho Serenity numa praia em  Espanola, nas Galápagos.
O leão-marinho Serenity numa praia em Espanola, nas Galápagos. ©Melissa Groo
Cisnes em Dorset, Inglaterra.
Cisnes em Dorset, Inglaterra. ©Graeme Green
Flamingos americanos no Parque Zoológico Infantil de Lincoln. Esta fotografia integra o projecto documental Photo Ark.
Flamingos americanos no Parque Zoológico Infantil de Lincoln. Esta fotografia integra o projecto documental Photo Ark. ©Joel Sartore
Azy, um orangutango nascido em cativeiro e famoso pelas suas capacidades cognitivas, foi fotografado para a revista National Geographic.
Azy, um orangutango nascido em cativeiro e famoso pelas suas capacidades cognitivas, foi fotografado para a revista National Geographic. ©Vincent J. Musi
"Quando és rei e sabes que és.  Masai Mara, Agosto de 2021. Fotografado em Agosto,  durante os meus safaris no Quénia.  É um privilégio estar em África e passar tempo no seu reino. Nessa altura, havia muitas queimadas que se descontrolaram."
"Quando és rei e sabes que és. Masai Mara, Agosto de 2021. Fotografado em Agosto, durante os meus safaris no Quénia. É um privilégio estar em África e passar tempo no seu reino. Nessa altura, havia muitas queimadas que se descontrolaram." ©Marina Cano
"Elephant Spray". Tim Flach é um fotógrafo conhecido pelos seus retratos de animais estilizados e pela originalidade com que capta comportamentos e características animais.
"Elephant Spray". Tim Flach é um fotógrafo conhecido pelos seus retratos de animais estilizados e pela originalidade com que capta comportamentos e características animais. ©Tim Flach
Cães de trenó em Qaanaaq, Thule, Gronelândia, 2018.
Cães de trenó em Qaanaaq, Thule, Gronelândia, 2018. ©Ragnar Axelsson