Elas escolheram viver: “Os medos param-nos e eu não vim à vida para ficar parada”
Saber que se tem uma predisposição genética para vir a ter cancro traz a escolha difícil de fazer uma cirurgia preventiva ou optar pela monitorização regular. Elas não quiseram alongar-se na incerteza e escolheram viver sem a ameaça do cancro hereditário. Este sábado, celebra-se o Dia Nacional da Prevenção contra o Cancro da Mama.
Os cancros da mama e do ovário são traiçoeiros, progridem silenciosamente por entre exames de monitorização — que tendem a ser espaçados. As portadoras das mutações dos genes BRCA 1 e 2, que aumentam o risco da doença, vivem na angústia de não saber quando aparecerá, especialmente se a prevenção lhes for protelada por burocracias de um sistema de saúde sobrecarregado. Tamara, Rute e Fátima cortaram o mal pela raiz: optaram por cirurgias preventivas, provando que a mutação não tem de ser paralisante. Dina aguarda pela oportunidade de fazer a escolha que não foi dada aos familiares que viu adoecer.
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