“A defesa dos direitos humanos num Estado democrático não pode ter preço”

Quarenta e seis anos após a morte de Franco, estima-se que em Espanha haja ainda mais de 100 mil vítimas da ditadura enterradas em paradeiro desconhecido. São associações cívicas, e não o Estado, quem ajuda os familiares a procurar os corpos. Emilio Silva Barrera, um dos principais rostos desta causa, defende que nenhum governo desde então assumiu a responsabilidade de reparar a dívida.

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A.R.M.H. - www.memoriahistorica.org

Emilio Silva Faba foi chamado à sede do município de Priaranza del Bierzo, uma pequena localidade espanhola da região autónoma de Castela e Leão, a 15 de Outubro de 1936. Não era a primeira vez, mas daquela ficou detido. Tinha 45 anos e era pai de seis filhos. À meia-noite, levaram-no numa carrinha com outras 14 pessoas para o seu último destino: foram mortos junto a uma estrada nacional e enterrados numa valeta. Um dos presos conseguiu escapar, assistiu de longe ao fuzilamento e difundiu a história até também ser abatido pela Guarda Civil.

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