Fotografia
Vasco apontou a lente às aves da Serra da Arrábida
Vasco Coelho fotografou, no último ano, as espécies de aves que habitam a Serra da Arrábida. Objectivo é consciencializar as pessoas para a presença destes animais e alertar para a sua preservação.
No último ano, Vasco Coelho tem andado de câmara na mão a fotografar as várias espécies de aves que sobrevoam a Serra da Arrábida. O trabalho fotográfico foca-se, sobretudo, nas “aves mais pequenas” e tem como objectivo revelar os pássaros presentes nesta zona, numa tentativa de impedir a sua extinção.
“Sinto que temos uma serra tão bonita e devíamos trabalhar para a sua preservação, visto que temos um enorme número de aves que grande parte nunca viu”, comenta o fotógrafo de 20 anos ao P3. O interesse pela vida selvagem e pela fotografia foi-lhe transmitido pelo pai, formado em Geofísica. “Moro em Setúbal e, como estava perto, ia bastantes vezes à serra com o meu pai quando era pequeno”, recorda.
Sendo estudante da licenciatura em Fotografia, no IADE, fotografar as aves tem de ser uma tarefa realizada aos fins-de-semana — e logo de manhã cedo. “Como estou dentro dos abrigos, acabo por não interferir com o animal”, explica. Mas, mesmo mantendo uma certa distância, há aves que são mais desafiantes de fotografar. Um exemplo disso é o chapim-azul, uma espécie que tenta fotografar há algum tempo e que só este ano conseguiu retratar. “É uma ave tímida e que não aparece muitas vezes; só me deu quatro segundos para a fotografar”, conta. O abelharuco, sendo uma ave migratória que só aparece no Verão, também não facilitou o trabalho de Vasco: “Foi o tempo de a ave ir em direcção à estrada para apanhar uma abelha.”
As imagens podem ser consultadas na sua página ou no Instagram. O projecto ainda está em aberto e a intenção é continuar e fotografar outras aves da serra. No futuro, após reunir um conjunto de imagens de diferentes pássaros, Vasco Coelho quer fotografar os mamíferos da serra da Arrábida e fazer uma colecção fotográfica sobre todos os animais que lá habitam.
Texto editado por Ana Maria Henriques